“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”Amyr Klink

domingo, 3 de outubro de 2010

Dia 14 – 22 de Setembro – Roma

Dia 14 – 22 de Setembro – Roma



Hoje nossa história começa há pelo menos 2000 anos atrás, afinal é dia de fazer um city tour pela cidade, e não há como falar de Roma sem falar do Império Romano, responsável pela primeira globalização da humanidade.
Depois das 10h saímos para trocar nossos travelers cheques já que depois de tantos gastos nosso dinheiro estava no fim. Esperávamos que não houvesse taxas adicionais se trocássemos nossos travelers diretamente na American Express, que é a responsável por sua emissão, mas que nada. Em Roma, o escritório da American Express fica na Piazza di Spagna, e lá fomos informados que seria necessário pagar 3€ +3% de taxas, ou seja, um horror! Da próxima vez, travelers cheques nem pensar.

Mas voltemos ao que interessa. A Piazza di Spagna, embora seja considerada um dos grandes cenários de Roma, não vi nada de mais além de uma fonte, uma grande escadaria com a igreja no alto. Em alguns cartões postais notei a presença de várias flores ao longo da escadaria, o que não havia dessa vez.

Piazza di Spagna

Da praça fomos a Fontana di Trevi (de novo), que estava ainda mais repleta de turistas.



Como nosso passeio incluía um city tour naqueles ônibus panorâmicos fomos atrás do local de pegá-lo. Em Roma há pelo menos 5 empresas fazendo esse tipo de serviço (city tour panorâmico), mas pelo que pudemos observar tanto os trajetos como os preços são similares. O nosso tíquete de 48h (já incluído no pacote) era da Roma Open Tour, que dava direito a andar de barco pelo rio Tibre, custa 30€ cada, mas há outras versões um pouco mais baratas. O que achei interessante nessa empresa é que o último ônibus é as 21h.




Olha só o nome do bequinho que encontramos
perto da Fontana di Trevi.






No ônibus do city tour pudemos ver a Piazza Barberini, a Piazza de Repubblica, Igreja Santa Maria de Maggiore (sec. V), a Piazza Venezia, onde há o maior e mais bonito prédio que vimos até o momento.

Praça da República


Igreja Santa Maria de Maggiore (sec. V)


Piazza Venezia


Piazza Venezia


Próxima parada: Coliseu!!!!

O Coliseu nada mais é que a maior estrutura do mundo romano, tendo sido utilizado durante aproximadamente 500 anos. Construido por Vespasiano e terminado por seu filho Tito em 80 d.c, comportava 60 mil pessoas. Sua forma arquitetonica serviu de inspiração para muitos dos estadios modernos. Além de lutas de gladiadores, execuções públicas e caçadas de animais, ali também aconteciam simulações de batalhas navais (imaginem só, o coliseu se enchia de água para isso).



Um dos grandes mitos que envolve o Coliseu diz respeito a morte de cristãos. As evidências indicam que poucos ou nenhum cristão morreu ali, já que as maiores perseguições religiosas ocorrerram durante o reinado de Nero, cerca de 30 anos antes da construção do coliseu. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão. Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura.



Ao lado do Coliseu fica o Arco de Constantino, construido no sec. IV, e o Forum Romano. O Forum Romano foi durante 1000 anos o coração da Roma antiga e centro nervoso do imperio que se estendia por quase todo o mundo conhecido pelos europeus. Hoje, tudo o que resta é um monte de ruinas, que a necessidade de ter uma imaginação fertil para identificar as construções nos desmotivou a ver mais de perto.

Arco de Constantino


Forum Romano


Escultura em Bronze do Imperador


Depois de tanta história estavamos super cansados e loucos por uma bom banho e uma cama gostosa (o que, com relação a cama, não era bem o caso, mas quem não tem cão caça com gato mesmo) e por isso retornamos ao onibus panoramico. Do onibus pudemos ainda apreciar o Circo Máximo, onde se realizava corridas de bigas (aqueles carrinhos romanos), a Piazza San Pietro, o Castel Sant´Angelo e as pontes sobre o Tibre. Queriamos muito ter ido ainda na Villa Borghese, onde há um parque e uma galeria de arte e ao Panteão, construido no ano de 128 e ainda super bem conservado, mas não houveram forças para isso.


Circo Máximo


Castel Sant´Angelo

A essa altura do campeonato podemos dizer que o excesso de gente, o transito caótico, as ruas sujas e o atendimento ruim, tiraram bastante do glamour de Roma. Por isso, visitar a cidade requer mais paciência e folego que temos disponiveis no momento, ainda mais depois de 14 dias de viagem. Por isso, o legal é que Roma seja um dos primeiros lugares a se visitar, quando o entusiamo de uma viagem tão linda, certamente irá aplacar a ira diante dos problemas que toda grande metropole ecessivamente turística posui.

Dia 15 – 23 de Setembro – Roma --> Nápoles

Dia 15 – 23 de Setembro – Roma --> Nápoles

Mais um dia de mudar de cidade e como havia dito, estávamos ao lado da estação ferroviária, então foi tranqüilo levar as malas. Mas antes passamos no Mcdonalds para tentar usar a internet wireless já que nosso maravilhoso hotel não tinha e há muito tempo não atualizávamos o Blog. Inútil, coisa “para inglês ver”, ou melhor, italiano.
Pegamos o trem e nele conhecemos uma senhora norte americana muito simpática que conversou um pouquinho com a gente no trem. Falamos sobre a nossa viagem e de nossos países um pouquinho. Chegando a Nápoles pegamos um taxi, apesar de o hotel ser próximo da estação fica difícil identificar a direção e é grande a chance de ficarmos perdidos. Como informação confiável é só nos locais de informação turística (e não encontramos uma nessa estação) não arriscamos.

A primeira impressão de região do hotel foi péssima (a segunda também), ele é no meio de uns becos com as ruas todas sujas (imagine algo parecido com um hotel entre a rodoviária e o shopping OI) cheio de ambulantes nesses becos. Mas até que o hotel por dentro ficou acima da média dos outros que ficamos e além do mais tinha internet free (o primeiro até agora). Aí pudemos atualizar o blog e ver alguns e-mails.
O centro de Nápoles é uma confusão, gente pra todo lado, um transito horrível, ruas sujas, muito barulho (estão ampliando o metrô) um caos. Voltamos para o hotel e tiramos o fim da tarde e a noite pra descansar e usar a net, afinal estávamos super atrasados com o blog e cansados.

Dia 16 – 24 de Setembro – Nápoles e Tarde na Ilha de Capri

Dia 16 – 24 de Setembro – Nápoles e Tarde na Ilha de Capri



Hoje o dia prometia: dois lugares planejados: Nápoles e a Ilha de Capri, mas nem por isso acordamos cedo (culpa da preguiça...) Após café, saímos para conhecer o centro histórico de Nápoles. Munidos de um mapa que o hotel nos deu, rumamos em direção ao Duomo (catedral) e o centro histórico.

Não podemos dizer que nossa caminhada foi margeada por belos lugares. Nápoles é bem mal cuidado, cheio de lixo, prédios mal cuidados, roupas penduradas nas janelas (o que aliás os Italianos adoram), monumentos pixados e com ruelas que nos passam a sensação de uma grande insegurança, fios de Telecom por todo lado, um verdadeiro subúrbio. O lugar tem potencial, mas precisa de muitos reparos/cuidados.


          


Mas já que estavamos lá, vão borá né... Primeiro passamos pelo Duomo, dedicada a São Genaro, padroeiro de Nápoles. Essa igreja contém um frasco com o sangue do mártir, e diz a lenda, se durante as procissões o sangue não permanecer liquido é indicio de epidemias na cidade.


Duomo de Nápoles

De lá passamos por algumas igrejas bem mal conservadas, como Capela San Severo, até chegar ao Gesu Nuovo (não sabemos direito o que é).


Gesu Nuovo


Procurando um local mais bonito, caminhamos em direção ao Castel Nuovo (1282), aonde não chegamos a entrar. Um pouco a frente dica a GallerUmberto I, que é uma cópia da Galeria de Milão. Lá tivemos o prazer de experimentar o verdadeiro sorvete Napolitano (rsrsrsrs)


Galeria Umberto I

Verdadeio Sorvete Napolitano
Mais a frente se encontra a Piazza Plebiscito, o monumento mais bonito de Nápoles.
Piazza Plebiscito
Depois desse local caminhamos para a Piazzale Stazione Marittima, para pegar o barco que nos levaria até a Ilha de Capri. A passagem para Capri é um pouco salgada (32€ ida e volta cada), mas por ser essa ilha um point da Itália, valeu muito a pena. No caminho para Capri, pudemos fotografar o Vesúvio, que devido ao tempo, não apareceu muito na foto.

Monte Vesúvio que destruiu Pompéia e Herculano em 80 d.c

Durante o trajeto o que mais nos impressionou foi a cor do mar do Golfo di Nápoles, de um azul lindo!!!! Ah se São Pedro tivesse cooperando...

A ilha de Capri é um lugar maravilhoso, que um dia gostaríamos de voltar... Vejam a cor do mar. As ruas da ilha são bem estreitas e ônibus e caminhões são adaptados para circular pela ilha.






Sem duvidas valeu a pena explorar esse belo local.


Dia 17 – 25 de Setembro – Nápoles --> Verona

Dia 17 – 25 de Setembro – Nápoles --> Verona



A parte da manhã do dia foi tranqüila, com o tempo chuvoso, levantamos mais tarde para tomar café. Depois arrumamos as coisas e aproveitamos mais um pouco da internet free do hotel pra resolver algumas pendências.

Quando assustamos, já era hora de fazer check-out (12:00) e de pegar o trem para Verona. Nessa hora a chuva tinha dado uma trégua e fomos andando para estação Ferroviária. Aí que começam as novidades... Durante o deslocamento nas últimas cidades, fomos sempre para o sul da Itália e agora retornamos ao norte, pois de Verona pegaríamos o trem que vai à Paris, ou seja, tivemos algumas horas de viagem nesse longo percurso. Outro detalhe é que não existe trem que vai de Nápoles para Verona, tivemos que ir pra uma cidade intermediária (no caso Bologna) e depois pegar outro trem para Verona.

Pois bem, saímos de Nápoles as 12:50 e chegamos em Bolonga por volta das 16:30 e o próximo trem para Verona era somente 18:10, até aí tudo bem, visemos um lanche e aguardamos a hora passar.

Então veio a dúvida: Será que teríamos que colocar no nosso passe de trem uma nova data? A regra para utilização do passe diz que após as 19:00 horas o dia a ser considerado já é o dia seguinte e nossa chegada a Verona estava prevista para 19:30.Deixamos rolar pra ver se o fiscal passaria antes das 19 e então perguntaríamos para ele.

Faltando 5 min. ele chegou e, para nossa surpresa, também ficou na dúvida e falou que iria fazer uma consulta. Bom, fato é que ele não voltou mais, deve estar até agora consultando... rsrsrs. Também é fato que devíamos colocar uma nova data no passe, pois consultamos o manual de utilização e a regra é clara. Então para quem for utilizar passe de trem na Europa cuidado com o horário de saída e de chegada às cidades, pois isso pode representar dois dias de utilização do passe em apenas um deslocamento.

Assim chegamos à Verona, pegamos um taxi para o hotel e lá tomamos banho e fomos dormir, pois já era tarde. Por hoje chega né..

Dia 18 – 26 de Setembro – Verona

Dia 18 – 26 de Setembro – Verona



Ultima dia na Itália... Apesar da grande saudade de casa, saber que a viagem está acabando dá um certo aperto no peito. E não há melhor lugar no mundo para falar dessas sentimentalidades do que Verona, o cenário da estória de Romeu e Julieta.

Vamos lá! Saímos do hotel o mais tarde possível, primeiro porque tínhamos chegado bem tarde no dia anterior, segundo porque tínhamos que preencher nosso dia até as 21 horas, que era quando teríamos que pegar o trem noturno.

Depois de ganhar um mapa no hotel, caminhamos pelas belas, limpas e amplas ruas de Verona. Logo de cara deu para perceber que a cidade é uma gracinha! Margeando as ruas, há muitas arvores que, por ser inicio de outono, estão com suas folhas amarelando e caindo. Acho que foi a primeira vez que pudemos identificar as conseqüência do outono na natureza. Aliás, a temperatura aqui em Verona está mais baixa do que a que encontramos em outros lugares. Uma leve brisa fria nos acompanhou durante todo dia, fazendo necessário o uso de uma blusa mais quentinha.



Avaliando todas as cidades em que passamos, Verona foi a mais agradável, e a que escolheríamos na Itália para viver, se fosse o caso. Sem o tumulto das grandes cidades, sem a excessiva quantidade de becos de outras, preços de alimentação mais baixos, Verona consegue ter história e modernidade na medida certa. Pelo menos a primeira vista, rsrsrs.



O primeiro local que conhecemos foi o Castel Scaligero (1354). Ao lado do castelo há a ponte Scaligero, que foi reconstruída em 1945 após destruição nazista. Outra ponte também destruída e reconstruída foi a Ponte Pietra. Os materiais originais dessa ponte foram resgatados do fundo do rio para reconstrução em 1957.


Castel Scaligero





Ponte Scaligero sobre o rio Adige

Após experimentar o gelato piccolo mais barato da viagem (1,2€), seguindo pela via Roma, chegamos a Piazza Brà (do alemão breit=espaçosa). Essa praça é super agradável e passamos um bom tempo nela observando as famílias curtindo um ensolarado dia de domingo.



Piazza Brà


Ao lado da Piazza Brà está o Coliseu de Verona, o 3º maior da Itália, construído em 30 d.C. Esse coliseu surpreendentemente está quase intacto e hospeda com freqüência espetáculos de canto lírico e teatro. Por 6€ cada adentramos em seu interior e pudemos observar a notável estrutura.



Coliseu de Verona



Depois disso fomos almoçar. É bem difícil conseguir pedir uma boa refeição, principalmente para nós que não estamos acostumados com 1º prato, 2º prato, refeição principal, insalatas (saladas) etc... Nos restaurantes self-service não é você que se serve. No que fomos, havia áreas de pasta (massas), spaguetti, carne e saladas. Em cada área havia uma pessoa que lhe servia uma porção daquilo que vc queria, e cada uma daquelas porções era suficiente para alimentar bem. Eu (Cicéli) estava com saudade de comer carne e por isso escolhi uma porção de carne com batata, vejam o que nos foi servido. Tudo bem que eu gosto de carne mal passada, mas assim já era demais. O pior foi a falta de iniciativa para pedir para deixar a carne mais tempo na chapa.



Carne mal passada

Almoçados, caminhamos pela via Mazzini, principal rua só para pedestres de Verona, até chegarmos a Piazza delle Erbe. Essa praça era o local do Fórum Romano e coração da cidade medieval. Nesse local há o Arco della Costa, cuja lenda diz que irá desabar caso uma virgem casada passe por ele.



Piazza delle Erbe





Arco della Costa

A Piazza delle Erbe também abriga muitos bares com mesas na rua, palácios imponentes como o Castelvecchio, do século 14, e marcos simbólicos como a estátua do florentino Dante Alighieri (1265-1321), na praça dei Signori. Considerado o maior poeta e o artífice da língua italiana, o autor de "A Divina Comédia" foi, por três anos, exilado em Verona.



Perto da Piazza delle Erbe fica a casa de Julieta. Vemos a sacada, a estátua de Julieta e nenhuma carta na parede. Não resistimos a tocar um dos seus seios. Dizem que este ato nos traz sorte. Nos arredores, fica a casa de Romeu, que é propriedade privada. Nessa relato, não podia deixar de citar o comentário do amigo Vicente, que traduz bem a sensação que o local nos passa: ‘Por mais romanceada que a história seja, não tem jeito de não se emocionar diante do balcão em que Romeu viu pela primeira vez sua princesa aparecer de repente sob a luz do dia e exclamou alguma coisa mais ou menos assim, caindo sobre os joelhos: “Que maravilha é essa que os meus olhos contemplam? Será o sol que desponta no leste? Não, nem mesmo o sol seria capaz de tamanha beleza. É Julieta que vem até mim nesta manhã.”. Tem jeito de não se apaixonar (de novo) em um lugar assim?’

Casa de Julieta


Parece que a estava acontecendo um evento de promoção da Suíça em Verona e várias apresentações, peças e jogos estavam acontencendo simultaneamente em pontos diferentes da cidade. Parece que a população local gostou, pois as ruas estavam cada vez mais cheias.
Faltava o Duomo de Verona (1120), que depois da grandiosidade das igrejas de Roma e Veneza não nos impressionou muito (mesmo sendo ela muito bonita). O mais legal da igreja foi ter assistido a parte de uma missa em italiano. Foi bonito e nos trouxe serenidade...



Duomo de Verona

Qdo assustamos já era hora de voltar para o hotel para buscar nossas bagagens. É até que aproveitamos bem o dia, a preocupação agora é com o trem noturno e os tais cochettes... Depois contamos...

Dia 19 – 27 de Setembro – Verona --> Paris

Dia 19 – 27 de Setembro – Verona --> Paris


Depois do maravilhoso dia em Verona, era hora de encarar uma viagem noturna em um trem com destino a Paris. A expectativa era de um trem bacana, novinho e amplo, afinal seriam várias horas de viagem da Itália para França. Esperávamos ainda que essa viagem noturna fosse mais confortável do que atravessar o Atlântico de avião.

Mas, na hora marcada (21:24hs) eis que surge um trem velho, caindo aos pedaços, o pior de todos em nossa viagem. Era um sinal que as coisas não andariam bem.
Pois bem, encontramos nosso vagão e entramos com nossas malas. Em nossa cabine a luz estava apagada e já havia três pessoas dormindo. Vocês não iriam acreditar no calor e no mau cheiro (álcool misturado com cc) que estava lá dentro. Tentamos arrumar espaço para colocar nossas malas, mas não conseguimos. Resolvemos dar uma volta pelo trem, para nos recompor emocionalmente do baque inicial, parando no vagão do restaurante para comer o lanche que compramos. Porém nos avisaram que não era permitido comer coisas compradas fora do trem naquele local. Ahf, mais essa ainda.
Sem estender muito nesse episodio trágico da viagem, foi uma noite péssima. Além das condições ambientais desfavoráveis, o fiscal do trem, que nessas viagens recolhe o passaporte e os tíquetes, fez o maior terror com a possibilidade de furtos, nos aconselhando a colocar tudo de valor em nossas roupas intimas. Ah, tinha também a sinfonia de roncos. Apesar disso tudo, o cansaço conseguiu vencer em alguns momentos e dormimos um pouquinho. Em resumo: viagem noturna em couchettes (treliches) nunca mais!

Tentando Dormir

Chegando a Paris, fomos recebidos por um friozinho daqueles (em torno de 14º) e nada de sol. Até que tentamos pegar um metrô para chegar ao nosso hotel, mas a compra dos tickets estava tão cheia que desistimos (também era horário das pessoas irem trabalhar né?!) e voltamos para estação para esperar um taxi por pelo menos uns 30 minutos (a fila era grande e os taxis poucos).

Mortos de cansaço chegamos ao hotel. O hotel em Paris é duas estrelas e não é lá essas coisas, mesmo com diárias em torno de 117€ com café. Sinceramente preferia estar em um Íbis (considerando o padrão que vimos em Lisboa). Dormimos até as 14 horas, saímos para comer um sanduíche no Subway (sim aqui também tem, além de C&A, Mcdonalds e Carrefour é claro), retornando logo em seguida para parte 2 do sono. Conseguimos acordar quase 19horas e saímos para um reconhecimento da região. Pelo menos próximo do hotel em que estamos há muitas opções, inclusive de lojas e shoppings, mas não deu tempo de conhecer, pois as lojas fecham às 20h.




Amanhã vamos conhecer as coisas melhor...

Dia 20 – 28 de Setembro – Paris

Dia 20 – 28 de Setembro – Paris




Nem Paris conseguiu tirar a gente da cama cedo hoje. Também, está um friozinho tão gostoso... Pelo menos até o chuck de vassoura chegar. Isso mesmo, a arrumadeira do quarto nos pôs para fora. Nunca tinhamos visto isso antes. A arrumadeira chuck entrou no nosso quarto, sem bater (olha o perigo rsrsrsrs), e saiu falando: ulsjdeufjdkbgyrbgvgjfrbgrebvfrhefbgv. Isso mesmo que vc entendeu: ulsjdeufjdkbgyrbg vgjfrbgrebvfrhefbgv... Ai ela saiu, mas deixou a porta aberta, e nós na cama só olhando para ela. Conclusão: não entendemos nada, ou melhor, entendemos que devíamos sair do quarto o mais rápido possível, e foi o que fizemos.

Nesse dia a gente tinha um city tour nos ônibus panorâmico incluído no pacote e por isso fomos em busca do local onde pegar o ônibus. Mesmo com frio, nós turista que somos, fomos lá em cima no bus, tomando aquele vento gelado e curtindo a cidade. O primeiro lugar que descemos foi a Champs Elysée, que significa Campos Elíseos, sem dúvida o boulevar mais charmoso de Paris. Foi muito emocionante caminhar por esse lugar tão famoso, repleto de lojas de grife e gente bonita. A loja da Louis Vuitton tinha uma fila enorme na porta.

Ao final (ou seria inicio?) da Champs Elysée está o Arco do triunfo. O Arco do triunfo foi construído em 1836 como homenagem de Napoleão aos seus soldados.

Voltamos ao city tour e resolvemos seguir toda a rota, para uma visualização geral da cidade, afinal teríamos outros dias pela frente para poder explorar com detalhes as coisas mais legais... No próximo ponto outro momento emocionante: ver a famosa Torre Eiffel. Ela é enorme!!!! Mesmo sem descer do ônibus, deu para tirar umas fotos.

Do ônibus ainda vimos: a Catedral de Notre Dame, o local onde Luis XVI e Maria Antonieta ficaram presos antes de serem guilhotinados (La Conciegerie), o Obelisco, o rio Sena, a igreja La Madeleine, o hotel Les Invalides... Enfim, um montão de coisas lindas, algumas das quais iremos voltar.
Já era quase noite qdo descemos do ônibus e caminhamos para Galeria Lafaiete. Essa galeria é um shopping de luxo. Se vcs acham o Diamond ou o Pátio Savassi classe A, vcs deviam ver esse Shopping. Outra coisa impressionante é a qtde de brasileiros que havia nesse local.

Amanhã tem mais...

Dia 21 – 29 de Setembro – Paris

Dia 21 – 29 de Setembro – Paris

Hoje conseguimos sair antes das 11 horas do hotel. Acho que o medo do chuck de vassoura ajudou, mesmo a gente tendo ganhado um amuleto anti-chuck de vassoura (vejam na foto):



amuleto anti-chuck de vassoura

Nosso dia começou com uma caminhada em direção a Basílica do Sagrado Coração, ou, em francês, Basilique du Sacré-Cœur, concluida em 1914. Essa basilica é simbolo do famoso bairro de Montmartre e está localizada no topo da montanha, ponto mais alto da cidade. São mais de 200 degraus para chegar lá em cima, mas vale a pena, a vista é linda!



Basilica Sacré-Cœur


Vista da Basilica Sacré-Cœur


Vista da Basilica Sacré-Cœur


Da Basilica Sacré-Cœur seguimos em direção a outro famoso ponto do Bairro MontMartre: Moulin Rouge. Moulin Rouge, que em francês significa Moinho Vermelho, foi construído em 1889, e talvez seja o cabaré mais famoso do mundo, afinal todos já ouviram falar do cancan né...

Moulin Rouge

Atravessando a cidade no ônibus do city tour (nosso ticket era de 48horas), paramos na Catedral de Notre-Dame, que é uma das mais antigas em estilo gótico. Sua construção foi iniciada em 1163 e levou 200 anos. Essa catedral é dedicada a Maria daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora. Não é necessário pagar ingresso para entrar na catedral, que é muito linda.


Catedral de Notre-Dame


Interior da Catedral de Notre-Dame

Maquete da Catedral


Maquete mostrando a construção da catedral que levou 200 anos
Próximo a Catedral, que fica em um local conhecido como Ilê de La Cite, há ainda o impressionante prédio do Hotel de Ville, que apesar do nome é a prefeitura de Paris.

Hotel de Ville

Caminhando chegamos então ao Panthéon (1789), mais um prédio impressionante. Nesse local estão enterrados famosas personalidades francesas, como os filosofos Voltaire e Rousseau, o escrito Victor Hugo (Os Miseraveis), e também os cientistas Pierre e Marie Curie. Por falar em ciencia, esse local tb abriga o pendulo de foucault que em 1851 mostrou que a terra demorava 24h para completar um giro.

Panteão


Nessa hora, cansados, encontramos abrigos no maravilhoso Jardim de Luxemburgo, que é o maior parque público da cidade com mais de 224 mil m². Esse jardim pertence ao Senado da França, sediado no famoso Palácio do Luxemburgo.


Jardim de Luxemburgo

E mais um dia se foi... Como passam rápidos esses dias aqui em Paris.