“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”Amyr Klink

domingo, 3 de outubro de 2010

Dia 19 – 27 de Setembro – Verona --> Paris

Dia 19 – 27 de Setembro – Verona --> Paris


Depois do maravilhoso dia em Verona, era hora de encarar uma viagem noturna em um trem com destino a Paris. A expectativa era de um trem bacana, novinho e amplo, afinal seriam várias horas de viagem da Itália para França. Esperávamos ainda que essa viagem noturna fosse mais confortável do que atravessar o Atlântico de avião.

Mas, na hora marcada (21:24hs) eis que surge um trem velho, caindo aos pedaços, o pior de todos em nossa viagem. Era um sinal que as coisas não andariam bem.
Pois bem, encontramos nosso vagão e entramos com nossas malas. Em nossa cabine a luz estava apagada e já havia três pessoas dormindo. Vocês não iriam acreditar no calor e no mau cheiro (álcool misturado com cc) que estava lá dentro. Tentamos arrumar espaço para colocar nossas malas, mas não conseguimos. Resolvemos dar uma volta pelo trem, para nos recompor emocionalmente do baque inicial, parando no vagão do restaurante para comer o lanche que compramos. Porém nos avisaram que não era permitido comer coisas compradas fora do trem naquele local. Ahf, mais essa ainda.
Sem estender muito nesse episodio trágico da viagem, foi uma noite péssima. Além das condições ambientais desfavoráveis, o fiscal do trem, que nessas viagens recolhe o passaporte e os tíquetes, fez o maior terror com a possibilidade de furtos, nos aconselhando a colocar tudo de valor em nossas roupas intimas. Ah, tinha também a sinfonia de roncos. Apesar disso tudo, o cansaço conseguiu vencer em alguns momentos e dormimos um pouquinho. Em resumo: viagem noturna em couchettes (treliches) nunca mais!

Tentando Dormir

Chegando a Paris, fomos recebidos por um friozinho daqueles (em torno de 14º) e nada de sol. Até que tentamos pegar um metrô para chegar ao nosso hotel, mas a compra dos tickets estava tão cheia que desistimos (também era horário das pessoas irem trabalhar né?!) e voltamos para estação para esperar um taxi por pelo menos uns 30 minutos (a fila era grande e os taxis poucos).

Mortos de cansaço chegamos ao hotel. O hotel em Paris é duas estrelas e não é lá essas coisas, mesmo com diárias em torno de 117€ com café. Sinceramente preferia estar em um Íbis (considerando o padrão que vimos em Lisboa). Dormimos até as 14 horas, saímos para comer um sanduíche no Subway (sim aqui também tem, além de C&A, Mcdonalds e Carrefour é claro), retornando logo em seguida para parte 2 do sono. Conseguimos acordar quase 19horas e saímos para um reconhecimento da região. Pelo menos próximo do hotel em que estamos há muitas opções, inclusive de lojas e shoppings, mas não deu tempo de conhecer, pois as lojas fecham às 20h.




Amanhã vamos conhecer as coisas melhor...

Um comentário:

  1. Oi! Apesar do seu discurso estou disposto a a fazer essa aventura! Por qual empresa de trens vocês fizeram o trajeto até Paris? E parabéns pelo blog, está muito legal!

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