“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”Amyr Klink

domingo, 3 de outubro de 2010

Dia 23 – 1º de outubro – Museu do Louvre

Dia 23 – 1º de outubro – Museu do Louvre



Mesmo com o dia chuvoso e o cansaço que estamos, hoje foi dia de conhecer o famoso Museu do Louvre. O local que abriga o museu já foi um palácio e é uma estrutura linda e complexa, tão complexa que é necessário um bom mapa para caminhar por suas galerias.

A entrada do Museu custa €9,5 e não esperamos mais que 20 minutos para conseguir entrar. No primeiro domingo do mês a entrada é gratuita.



Gostamos mais do Louvre do que da Uffizi em Florença. Talvez porque o dia estava agradável e por isso lá dentro não estava quente, ou porque é possível tirar fotos sem flashes lá. De qualquer forma, a vontade de conhecer um pouco mais de arte para compreender a extensão das obras que estavam em nossa frente voltou forte.


O acervo do Museu possui mais de 380 mil itens, dos quais 35 mil em exibição permanente em oito departamentos. A seção de pintura é a segunda maior do mundo. As coleções se dividem em antigüidades egípcias, e do oriente próximo, arte grega, romana e etrusca, pinturas, esculturas, etc. Abaixo, algumas das coisas que vimos:

- Coleção de Esculturas

Venus de Milo

Essa escultura em mármore com 2m de altura representa a deusa grega Afrodite, do amor sexual e beleza física, tendo ficado no entanto mais conhecida pelo seu nome romano, Vénus. Ela data de cerca de 130 a.C. e foi encontrada em 1820 na ilha de Milo por um camponês.


Vitória de Samotrácia



A Vitória de Samotrácia é uma escultura que representa a deusa grega Nice (em grego "Vitória") e provavelmente foi esculpida para comemorar uma vitória naval. Os pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas de um santuário de grandes deuses.Acredita-se que a estátua foi confeccionada entre 220 e 190 a.C.. É interessante observar como o artista reproduziu o efeito do sopro do vento na roupa da deusa, que se lenvanta em alguns pontos, e a representação das vestes molhadas colando-se ao corpo. Fantástico!


Outras esculturas legais






- Coleção de Pinturas

Monalisa – Leonardo da Vinci (1503)




Não há como não começar pela famosa Monalisa de Da Vinci. Nessa obra, vale a pena observar que os contornos não são desenhados com firmeza de traço fazendo com que a forma permaneça um pouco indefinida. A invenção desse efeito é uma das grandes contribuições de Leonardo para arte. Alias, o próprio pintor dizia: ‘Os contornos das coisas são o que há de menos importante nas coisas, portanto, oh pintor, não cinja (limite) teus corpos com um traço. O famoso sorriso enigmático da Monalisa é proveniente da aplicação dessa técnica. Sendo a expressão definida pelo canto da boca e dos olhos, são essas as partes que da Vinci deixou deliberadamente indistinta, fazendo com que nunca estejamos certos quanto ao estado de espírito refletido na expressão da Mona Lisa.



A Grande Odalisca – Jean-Augusto-Dominique Ingre (1814)

Com elementos orientais (o turbante, o leque e o próprio tema) em moda na epóca, este nu realça a linha: é a beleza do traço que faz a beleza do corpo. Apesar da beleza da pintura, ela não respeita a anatomia: a Odalisca tem 5 vértebras a mais.



A coroação de Napoleão I – Jacques-Louis David (1807)


Essa tela (que é enorme) gastou quase 2 anos para ficar pronta e representa mais de 200 pessoas. Sensacional!


Abaixo alguns outros quadros que gostamos:




Numa próxima oportunidade ainda veremos os seguintes quadros:



A Liberdade Guiando o Povo – Eugenè Delacroix (1830)


Essa obra foi criada em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.[1] Uma mulher representando a Liberdade guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, levando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.


A jangada da medusa - Theodore Géricault (1819)


Este quadro é uma das obras fundamentais do século XIX. O tema retrata o salvamento dos sobreviventes do naufrágio da fragata ”La Méduse”, que se teria afundado perto da costa do Senegal, em 1816.

Cento e cinquenta pessoas andaram à deriva durante dez dias numa jangada. Restavam quinze sobreviventes, quando finalmente avistaram um barco. Foi este o momento escolhido pelo pintor. Gericault propôs-se contar a tragédia através do relato de dois dos sobreviventes, representados ao pé do mastro, que lhe deram uma descrição precisa da jangada. As suas preocupações com o realismo, levaram-no ao hospital para observar os sobreviventes e os cadáveres.

A reflexão que fica dessa tela diz respeito ao que diferencia os 15 sobrevivente dos 135 mortos... Se nos permitem filosofar um pouco, não seria a vida uma grande jangada a deriva? O que nos faria sobreviventes?



- Coleção Egípcia

Essa área é muito legal, ainda mais qdo se pensa que os itens presentes naquelas salas tem mais de 2000 anos...







Muito bacana o Louvre não é mesmo? Vcs ainda podem fazer um tour virtual por ele, é só clicar: http://www.louvre.fr/llv/musee/visite_virtuelle.jsp?bmLocale=en

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